Foi hoje apresentado em Esposende, o projeto de promoção da compostagem de biorresíduos no baixo Cávado, “Biocávado”, projeto-piloto para a reciclagem de biorresíduos na origem e que compreende dois tipos de compostagem: doméstica e comunitária. O projeto, implementado pela empresa municipal Esposende Ambiente, contempla a distribuição de 300 compostores familiares e 180 baldes para depósito nos compostores comunitários.
Marinhas e Fonte Boa acolhem, na próxima sexta-feira, dia 17, as sessões de sensibilização que vão percorrer todas as freguesias do concelho de Esposende, com o objetivo de elucidar a população para os benefícios da compostagem. Seguem-se sessões em todas as freguesias. Para participar nas ações de formação deve inscrever-se aqui.
“A tarifa de deposição de resíduos indiferenciados na Resulima é, atualmente, de 43,63 euros por tonelada, o que representa para o Município de Esposende um custo de cerca de 850 mil euros por ano. A este valor acresce a taxa de gestão de resíduos, cobrada pelo Estado, de 25 euros por tonelada. No total, o Município paga 1.300.000 euros por ano. Mas importa referir que, em 2024, a tarifa da Resulima passa para 60 euros por tonelada e a taxa de gestão de resíduos passa para 30 euros a tonelada”, alertou o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira.
Neste capítulo, o Município de Esposende tem implementado diversas ações que contribuam para o aumento da reciclagem, com o objetivo de serem alcançadas as metas ambientais, facilitando o depósito de resíduos, como os ecolugares, destinados a objetos de grandes dimensões e prepara-se para adotar modelo idêntico na recolha de restos de exploração agrícola ou florestal, como relva e arbustos, usualmente depositados nos contentores comuns e que muito contribuem para o aumento da quantidade depositada em aterro.
Colocando ênfase na consciencialização ambiental, o autarca lembrou que “a fatura é paga por todos”, razão pela qual apelou à adesão da população ao projeto “Biocávado”, assim como os demais projetos ambientais implementados no concelho, como a recolha seletiva.
Cláudia Valente, da empresa responsável pela gestão do projeto, a BioRumo, informou que 37% dos resíduos indiferenciados são biorresíduos e “podem ser valorizados pela compostagem, promovendo a economia circular, por via do ciclo da matéria orgânica”.
Este projeto-piloto envolve os Municípios de Esposende e Barcelos e tem um valor global de 181 mil euros, financiado a 100% pelo Fundo Ambiental.
O município de Esposende solicita a colaboração de toda a população no acondicionamento e gestão adequada dos seus resíduos, apelando à separação seletiva dos mesmos e devido encaminhamento para reciclagem sempre que possível. Através deste gesto, as pessoas estarão a contribuir para um concelho mais sustentável, em linha com as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU