Há centenas de anos que a humanidade tenta utilizar a energia do vento, onde pequenos moinhos têm servido para tarefas tão diversas como moer cereais, bombear água e, mais recentemente, accionar turbinas para produzir electricidade.

A energia eólica significa o processo pelo qual o vento é utilizado para produzir energia mecânica ou energia eléctrica, onde as turbinas eólicas convertem a energia cinética do vento em energia mecânica. Esta energia mecânica pode ser utilizada para alimentar um gerador que a transforma em energia eléctrica que pode ser injectada na rede eléctrica e distribuída ao consumidor. A energia eólica também pode ter uma aplicação descentralizada, ou seja, utilizada apenas para fornecer electricidade num determinado local situado longe da rede eléctrica de distribuição aos consumidores.

O vento tem origem nas diferenças de pressão causadas pelo aquecimento diferencial da superfície terrestre, sendo influenciado por efeitos locais, como a orografia e a rugosidade do solo.
Portugal, apesar de não ser um dos países mais ventosos da Europa, tem condições bastante favoráveis para o aproveitamento da energia eólica. Os locais com regime de vento favorável encontram-se em montanhas e em zonas remotas, daí que normalmente coincidam com zonas servidas por redes eléctricas antigas e com fraca capacidade, dificultando o escoamento da energia produzida. A solução imediata para o problema passa pela construção de linhas muito extensas, cujos custos tornam os projectos pouco atractivos. Por outro lado, existem algumas implicações a nível ambiental que põem em causa a viabilização de alguns projectos, tais como o ruído, o impacto visual e a influência na avifauna.
 
 
Contudo, a crescente compatibilização ambiental da tecnologia, com as inovações tecnológicas que vão sendo incorporadas (perfis aerodinâmicos mais evoluídos, novos conceitos de regulação, máquinas de maior potência permitindo reduzir o número de unidades a instalar), a consciencialização dos promotores para os cuidados a adoptar (nomeadamente na fase de construção) bem como a realização de estudos de incidências ambientais, cujo grau de profundidade depende da sensibilidade do local, têm permitido que estas instalações sejam cada vez mais sustentáveis do ponto de vista ambiental.  
Além dos parques eólicos, os aerogeradores existentes em Portugal encontram-se em pequenos sistemas autónomos de produção de energia eléctrica. Estes estão, normalmente, integrados com sistemas fotovoltaicos para fornecer electricidade a habitações, a sistemas de telecomunicações e a sistemas de bombagem de água que se encontrem afastados da rede pública.

Por cada MWh de energia eléctrica de origem eólica são reduzidas entre 0,8 a 0,9 toneladas de emissões de gases com efeito de estufa que seriam produzidas pela utilização dos combustíveis fósseis na produção de energia eléctrica.